Draco Saga x Religião: polêmica à vista.
Desde que comecei a escrever Draco Saga soube que poderia ser polêmico, mas até recentemente não havia acontecido. Este post esclarecerá ao leitor alguns pontos que julgo necessários de serem explicados.
1º: Os personagens da obra e suas opiniões não refletem necessariamente a opinião do autor;
2º: A obra e tudo contido nela, inclusive seus personagens, são ficcionais;
A próxima edição do livro, que virá em breve, trará estes avisos.
Quanto a "deus" e "jesus cristo" em minúsculos e entre aspas:
- "jesus cristo": aparece uma única vez no começo em um contexto em que o dragão ouvia a expressão pela primeira vez e portanto não sabia o que era, muito menos que se tratava do nome de alguém. No restante do texto aparece "Jesus Cristo", pois o contexto esclarece tratar-se de nome próprio.
- "deus": escrever assim, em minúsculo é controverso, admito. Mas se você pesquisar encontrará AGORA gramáticos de nossa língua discutindo isso. É um tema atual. Porém em sua essência a palavra "deus" NÃO É nome próprio.
Zeus é um deus grego, Osiris um deus egípcio, Odim um deus nórdico e Javé (ou Jeová, há variações) é o nome próprio do deus cristão. Como o cristianismo é monoteísta e sempre foi a religião oficial de Portugal convencionou-se que, ao referir-se a Javé, dever-se-ia escrever Deus com "D" maiúsculo. E não só Deus, mas todas as palavras usadas para referi-lo, como Ele, Dele, Santíssimo, Altíssimo, etc. As explicações são bem mais extensas do que isso e encorajo o leitor a pesquisar.
Isso foi por muito tempo regra, mas como a língua não é ciência exata muitos especialistas já aceitam como correta a grafia em minúsculos da maioria das palavras usadas para se referir a Deus, como "ele" e "dele" por exemplo. São comuns hoje textos assim, pois tais palavras escritas daquela forma têm caído em desuso. Da mesma forma as outras expressões citadas tendem a cair em desuso também.
O motivo desta evolução é que o cristianismo deixou de ser dominante. Existem diversas fés com seus deuses e crenças que dividem o espaço religioso em um pé de igualdade como nunca antes. Cada qual afirmando os seus com maiúsculos. O Islamismo, por exemplo, também é monoteísta e também se refere ao seu deus como "Deus" (Alá em árabe, mas também com maiúsculo). Ambas são "fés abraâmicas" e possivelmente tratam do mesmo Deus, mas isso é uma discussão religiosa extensa que não cabe aqui. Mais uma vez encorajo o leitor a pesquisar.
O que cabe aqui é que para compor a obra o assunto foi amplamente debatido com a Professora Valéria de Lurdes do Valle, mestrada na área e aposentada com 50 anos de carreira como professora e revisora de textos, atividade que exerce até hoje mesmo aposentada. Sob tutoria dela concluiu-se que, dado o CONTEXTO da obra, CABE usar "deus". Poderia usar "Deus"? Poderia, mas dado o CONTEXTO da obra seria, no mínimo, estranho.
- "deus": escrever assim, em minúsculo é controverso, admito. Mas se você pesquisar encontrará AGORA gramáticos de nossa língua discutindo isso. É um tema atual. Porém em sua essência a palavra "deus" NÃO É nome próprio.
Zeus é um deus grego, Osiris um deus egípcio, Odim um deus nórdico e Javé (ou Jeová, há variações) é o nome próprio do deus cristão. Como o cristianismo é monoteísta e sempre foi a religião oficial de Portugal convencionou-se que, ao referir-se a Javé, dever-se-ia escrever Deus com "D" maiúsculo. E não só Deus, mas todas as palavras usadas para referi-lo, como Ele, Dele, Santíssimo, Altíssimo, etc. As explicações são bem mais extensas do que isso e encorajo o leitor a pesquisar.
Isso foi por muito tempo regra, mas como a língua não é ciência exata muitos especialistas já aceitam como correta a grafia em minúsculos da maioria das palavras usadas para se referir a Deus, como "ele" e "dele" por exemplo. São comuns hoje textos assim, pois tais palavras escritas daquela forma têm caído em desuso. Da mesma forma as outras expressões citadas tendem a cair em desuso também.
O motivo desta evolução é que o cristianismo deixou de ser dominante. Existem diversas fés com seus deuses e crenças que dividem o espaço religioso em um pé de igualdade como nunca antes. Cada qual afirmando os seus com maiúsculos. O Islamismo, por exemplo, também é monoteísta e também se refere ao seu deus como "Deus" (Alá em árabe, mas também com maiúsculo). Ambas são "fés abraâmicas" e possivelmente tratam do mesmo Deus, mas isso é uma discussão religiosa extensa que não cabe aqui. Mais uma vez encorajo o leitor a pesquisar.
O que cabe aqui é que para compor a obra o assunto foi amplamente debatido com a Professora Valéria de Lurdes do Valle, mestrada na área e aposentada com 50 anos de carreira como professora e revisora de textos, atividade que exerce até hoje mesmo aposentada. Sob tutoria dela concluiu-se que, dado o CONTEXTO da obra, CABE usar "deus". Poderia usar "Deus"? Poderia, mas dado o CONTEXTO da obra seria, no mínimo, estranho.
- Aspas: denotam expressão que não é de autoria dos dracos em seus diálogos. Expressões ouvidas e reproduzidas por eles a outros de sua espécie. Exceções: pensamentos também foram convencionados entre aspas.
- Finalmente: eu mesmo encontrei um ou dois erros de digitação e alguns leitores também mostraram um ou dois erros de pontuação. Normal. Coisas que até mesmo os livros das grandes editoras têm. Gosto que me apontem tais erros para corrigi-los melhorando o texto para próximas edições. Porém em um caso como o exposto acima, que foi exaustiva e amplamente debatido e estudado com afinco para a produção do texto, terei o maior prazer em aceitar sugestões de correção. Desde que o pretenso revisor apresente currículo semelhante ao da Professora Valéria.
De mais a mais sempre será um prazer ler críticas. Nunca tive a pretensão de agradar a todos, portanto todos são livres para gostar ou não do livro.
O Autor
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Fábio Guolo
É mestre de RPGs de mesa desde 1995 e atualmente divide o tempo entre o curso de Engenharia Civil na PUC/PR, o estágio na área e a escrita.
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7 comentários:
Considero acertada e coerente a forma imparcial como vc tratou o assunto, Fabio. Parabéns!
ResponderExcluirAdorei o texto bem esclarecedor,algumas pessoas falan de mais e dizem coisas que não sabem, julgam sem nem ao menos saber o que está dizendo.
ResponderExcluirParabéns.
Hm, vc explicou muito bem.
ResponderExcluirRealmente interpretei algumas coisas erradas, mas pra que serve resenha se não pra falar sua opinião não é?
^^
Não se preocupe com isso. É uma obra de ficção e pessoas ignorantes não vão se quer ler uma obra prima dessas. A não ser algum pastor maluko ... ae já é outros 600...
ResponderExcluirÉ assunto bem complicado mesmo, mas muito compreensível. O livro trata do mundo na visão dos personagens, que não são humanos. E é isso que o torna interessante
ResponderExcluirMuito bem colocado... Toda essa parte religiosa se explica com o simples fato de que o narrador nao eh humano, muito menos cristao e menos ainda ele sabe escrever com nossos meios... Eles sequer usam de nossa grafia. PONTO FINAL. Nao tem mto segredo.
ResponderExcluirFalar de rligião é um assunto polêmico e se é com D minúsculo ou maíúscumo não altera a crença seja ela qual for. Ao decorrer da leitura pode surgir uma falha de digitação e nem anotei, pois com certeza a cada edição isso sempre será revisto.
ResponderExcluirIrene
@saleitura